Mais riscos que benefícios
A partir da próxima semana, os supermercados e outros estabelecimentos não vão mais poder comercializar o álcool em líquido 70%. A proibição é reflexo de uma determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Expectativa é que em duas semanas a disponibilidade seja apenas em outras formas como, por exemplo, o álcool em gel 70%, que não será afetado pela determinação.
Proibida há mais de 20 anos devido à sua alta inflamabilidade, a comercialização do álcool líquido 70% foi flexibilizada de maneira temporária durante a pandemia de Covid-19.
Perigo
Os dados do Ministério da Saúde registram, por ano, cerca de 150 mil internações em decorrência de queimaduras causadas pelo produto.
A Anvisa explica que, na grande maioria dos casos, os acidentes com queimaduras envolvendo o álcool 70% acontecem no momento em que as pessoas usam o produto para acender fogueiras e churrasqueiras.
Supermercados são contra a medida
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) criticou a determinação da Anvisa e pede para que a medida seja repensada. O argumento usado é de que o consumidor já está acostumado a comprar o produto não só nos supermercados, mas também em farmácias.
A Abras acrescenta ainda que, desde que as vendas foram flexibilizadas, no ano de 2022, mais de 64 milhões de unidades de álcool em líquido 70% foram comercializadas pelos supermercados.