Anúncios políticos estão proibidos
O Google anunciou ontem que, a partir do próximo mês, não será mais feita a veiculação de anúncios políticos no Brasil, visando as eleições municipais de outubro.
A decisão foi tomada opôs o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atualizar as regras para propaganda eleitoral. A medida incluí a plataforma de vídeos Youtube, os resultados das pesquisas feitas no site de busca e demais tipos de publicidades contratadas pela ferramenta da empresa.
Em nota, a empresa disse que: “Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto”
Resolução do TSE
Aprovada em fevereiro desse ano, a resolução do TSE proíbe as plataformas digitais de comercializarem qualquer tipo de serviço de impulsionamento de conteúdo que ofereçam “esse serviço para veiculação de fato notoriamente inverídico ou gravemente descontextualizado que possa atingir a integridade do processo eleitoral”.
O TSE exige que as plataformas digitais que prestam esse tipo de serviço de impulsionamento de conteúdo eleitoral, precisam manter um repositório dos anúncios para fim de acompanhamento em tempo rela do material, dos valores, dos responsáveis pelo pagamento e das características dos grupos populacionais que formam a audiência da publicidade contratada.
Alegando não ter capacidade técnica para se adaptar as novas determinações, pois, segundo a empresa, é inviável moderar o volume de anúncios em uma eleição com mais de 5 mil municípios. Sendo assim, o Google decidiu não oferecer esse tipo de serviço.
A empresa também teme que a amplitude do conceito gere insegurança para a moderação e que isso pudesse causar algumas penalidades como multas e até a suspensão da plataforma.
Inteligência Artificial também foi regulada
A resolução proíbe que rostos e vozes de figuras públicas, os chamados “deep fakes” sejam usados nas campanhas. O não cumprimento da norma poderá fazer com que o candidato tenha o registo cassado ou, se eleito, a perda do mandato.
A divulgação de posição política por parte de artistas e influenciadores digitais em shows, apresentações e perfis está liberado, desde que seja voluntária e gratuita.