Todo cuidado é pouco
O período de festa junina nos traz muita diversão e um prato típico mais gostoso que o outro. As festividades se estendem ente os meses de junho e julho, mas nem tudo é motivo de comemoração.
É nessa época do ano que os registros de acidentes relacionados ao manuseio de fogos de artifícios e as típicas fogueiras, aumentam consideravelmente.
Dados levantados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM), mostram que as mãos são as mais atingidas nesses acidentes.
Época de perigo
Segundo especialistas da SBCM, os meses de junho e julho, com as festas de São João, as fogueiras e os fogos de artifícios são o maior perigo para as mãos. Na maioria dos casos, os acidentes são seguidos de explosões, que resultam em queimaduras graves e até amputações.
Um levantamento realizado pela instituição, com base nos dados no Ministério da Saúde, as queimaduras de segundo grau são as de maior ocorrência, com lesões nos membros superiores como mãos e punhos, as partes mais expostas, e também braços, tronco, rosto e olhos.
Não é incomum que esses acidentes possam causar lesões graves e permanentes, ou até mesmo à morte. A grande maioria das vítimas são homens de 15 a 50 anos.
“Em geral, como os acidentes com fogos são seguidos de explosões, que ocasionam queimaduras graves, também ocorrem casos de amputações ou ainda deformidade dos membros superiores, assim como da face, que são as áreas mais atingidas”, observa Antônio Carlos da Costa, presidente da SBCM, em entrevista ao site Agência Brasil.
Dados da OMS
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de 180 mil pessoas são mortas por ano em decorrência de acidentes com queimaduras gerais e é considerada a quinta causa mais comum de lesões não fatais durante a infância.
As lesões causadas por queimaduras, quando não são fatais, podem causar morbidade, hospitalização prolongada, desfiguração, cicatrizes permanentes e incapacidade.
Dados do SUS
Em apenas três meses, de janeiro a março deste ano, o Sistema Único de Saúde (SUS), registrou 4.809 internações por queimaduras, uma média de 52 internações por dia. Durante todo 2023, foram 19.522 internações. Na área ambulatorial, foram realizados 34.567 atendimentos por queimaduras apenas nos três primeiros meses de 2024.
Tipos de queimaduras
As queimaduras são classificadas quanto à profundidade que atingem a pele.
Primeiro grau: quando as lesões atingem somente a camada epidérmica.
Segundo grau: quando há comprometimento da epiderme e a camada superficial ou profunda da derme.
Terceiro grau: acomete, além da pele, outros tecidos como o subcutâneo, músculos, tendões e até mesmo os ossos.