Garantindo a safra
Após se reunir com o Banco do Brasil, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) anunciou que a instituição financeira vai rever as dívidas e oferecer condições especiais para os agricultores afetados pela seca que atinge o estado.
Bruno Machado, gerente de Agronegócios do Banco do Brasil para Minas Gerais, afirmou que o banco renegociará os contratos de custeio e as parcelas que vencem ainda este ano.
Machado acrescenta ainda que, mesmo com a renegociação, os agricultores continuam podendo acessar as linhas de crédito, independentemente do seu tamanho.
Maior carteira agrícola do país
Para se informar sobre como acessar essas condições, os produtores deverão se encaminhar até uma agência do Banco do Brasil.
Minas Gerais tem hoje a maior carteira agrícola do banco, com aplicações que chegam a R$ 52 bilhões aplicados no estado, em relação aos R$ 330 bilhões em todo o país.
O secretário Thales Fernandes destaca a importância de apoiar o produtor frente às intempéries climáticas.
“Essa parceria mostra a força que o agro mineiro tem e a importância das linhas de financiamento para impulsionar a nossa agropecuária, para que ela continue a gerar renda, emprego e alavancando Minas Gerais. São oportunidades para que o produtor rural se mantenha no negócio e se fortaleça cada vez mais”, analisou.
Garantia Safra
Os recursos oferecidos pelo Programa Garantia-Safra são uma possibilidade diferente para os que foram afetados pela estiagem. Em 2024, o Governo de Minas repassou aproximadamente R$ 5,7 milhões ao Fundo Garantia-Safra 2023/24, quase 12% a mais em comparação ao repasse feito no ano anterior.
Esse aumento no aporte aumentou em 11% a quantidade de agricultores beneficiados, chegando a quase 40 mil.
O benefício, no valor de R$ 1,2 mil, é pago anualmente aos agricultores das cidades que comprovem perdas de 50% ou mais das culturas cobertas pelo programa, seja pela seca ou pelas chuvas em excesso.
Ações de prevenção e mitigação
Além dos recursos financeiros, os agricultores também estão se adaptando à seca contando com o apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG).
Os extencionistas rurais repassam as técnicas para reter água no solo, como a utilização de plantas de cobertura, que melhoram a infiltração de água e a utilização da palhada que sobra após o corte destas plantas, que fazem a proteção e ajudam a diminuir a temperatura do solo.
A construção de barraginhas, que fazem a captação de água, o terraceamento (conhecido também como curva de nível) e o investimento no cercamento das nascentes e recomposição das matas ciliares em rios e córregos, são outras práticas que também estão sob o alcance dos agricultores.