Assumindo o comando
Pela primeira vez na história, um representante de um país em desenvolvimento vai estar à frente da maior organização policial do mundo.
Eleito pela maioria dos 196 membros da Assembleia-Geral da Interpol, o delegado da Polícia Federal (PF), Valdecy Urquiza, vai comandar a secretaria-geral da Interpol, sediada na cidade de Glasgow, na Escócia.
A eleição foi realizada no âmbito do Comitê Executivo da Interpol em junho deste ano, em Lyon, na França, e foi ratificada na última terça-feira, dia 5, conforme comunicado da PF.
Sobre o cargo
Atualmente, Valdecy Urquiza ocupa o cargo de diretor de Cooperação Internacional da Polícia Federal e já ocupou o cargo de vice-presidente da Interpol para as Américas no período de 2021 a 2024.
A secretaria-geral é o cargo executivo mais relevantes da organização e seu mandado tem a duração de cinco anos. Urquiza assume o posto a partir de amanhã, dia 7, após o fim do mandado do atual secretário-geral, o alemão Jürgen Stock.
Ele será responsável por liderar a organização em seus esforços globais de combate ao crime transnacional e fortalecimento da cooperação policial internacional.
Carreira
Nascido em São Luiz, no Maranhão, Urquiza tem 43 anos e é formado em Direito pela Universidade de Fortaleza. Tem pós-graduação em Administração Pública e Direito Ambiental. É também ex-aluno da Academia Nacional do FBI, em Quantico, Virgínia, nos Estados Unidos.
Na PF, Urquiza ocupou a função de chefe da Divisão de Cooperação Jurídica Internacional da Polícia Federal do Brasil e Diretor-Assistente na Diretoria de Crimes Organizados e Emergentes na sede da Interpol, em Lyon, França.
O delegado também liderou o Escritório Central Nacional da Interpol, no Brasil, a Divisão de Cooperação Policial Internacional, a Divisão de Relações Internacionais e a Diretoria de Tecnologia da Informação da Polícia Federal.
“A ratificação do delegado Urquiza reflete a alta prioridade atribuída pelo governo brasileiro ao combate ao crime organizado transnacional, que tem na cooperação internacional uma dimensão essencial. Representa, também, o reconhecimento, pela comunidade internacional, do profissionalismo e da competência da Polícia Federal brasileira no enfrentamento aos crimes, bem como de sua relevante contribuição ao trabalho da Interpol”, informou a PF em nota.