Fim da epidemia
Em entrevista coletiva na tarde de ontem, dia 2, o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, anunciou o fim da emergência em saúde pública em Minas Gerais, em razão do cenário epidemiológico das arboviróses, colocando fim à epidemia de dengue no estado.
A medida foi instituída por meio de um decreto no dia 26 de janeiro, e tinha validade de 180 dias.
A decisão foi tomada devido à queda contínua de casos de dengue, zika e chikungunya, registrados nas últimas semanas. O ato de revogação foi publicado segunda-feira, dia 1°, no Diário Oficial do Estado, e detalhada ontem, durante a coletiva de imprensa, pelo representante da pasta.
Doenças sazonais
Segundo Baccheretti, as três doenças causadas pelo Aedes aegypti, dengue, zika e chikungunya, tem um comportamento sazonal e tem maior incidência durante o período de chuvas, exatamente como aconteceu em Minas, quando os casos se multiplicaram em dezembro de 2023.
“Especialmente em janeiro, quando houve uma aceleração. Foi quando detectamos emergência. Mantivemos o decreto mesmo com queda porque muitos municípios precisavam manter a contratação de médicos e a compra de insumos. Agora não, o Estado inteiro está em queda constante, boa parte não está com alta incidência”, comentou.
Números em Minas
O último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, na segunda-feira, dia 1°, Minas estava com 1.655.644 casos prováveis de dengue (notificados, exceto os descartados), desses, 970.216 foram positivos para a doença. Até o momento foram registradas 764 mortes e outras 732 estão sob investigação.
Para a chikungunya, foram registrados, até o momento, 143.995 casos prováveis da doença e 109.953 confirmados. Foram 83 óbitos e outros 32 estão sob investigação.
Já o zika vírus, até o momento, foram registrados 275 casos prováveis e 38 confirmados. Não existem registro de mortes.