Bombeiros de MG aliam experiência e tecnologia no combate a incêndios florestais

Acompanhamento faz com que 80% dos incêndios sejam apagados logo no primeiro dia

No controle das chamas

Pensando no enfrentamento de uma das temporadas de estiagem mais rigorosa dos últimos anos, o Governo de Minas, por meio do Corpo de Bombeiros (CBMMG), em parceria com os demais órgãos da Força Tarefa Previncêncio, tem se desdobrado no combate aos incêndios em vegetação, em especial as Unidades de Conservação.

Para colocar em prática o planejamento feito pelo CBMMG, foram investidos R$ 9,8 milhões que serão gastos em ações de prevenção e combate a incêndio florestal em todo o estado.

Com esse montante, foram adquiridos diversos equipamentoslocação de caminhonetes e aeronaves modelo Air Tractor, equipamentos de proteção individual e cursos de especialização para os agentes.

Fogo nos parques

Ao longo dessa semana, dois incêndios de grande proporção atingiram parques do estado, e exigiram uma resposta rápida para amenizar os danos paras as comunidades locais e o meio ambiente, causados pelas chamas.

O primeiro grande incêndio começou no domingo, dia 18, e atingiu a Área de Proteção Ambiental do Parque Serra do Cipó. Após um trabalho intenso das brigadas e agentes do ICMBio, o fogo foi apagado na quarta-feira, dia 21.

Já na Serra da Moeda, Região Metropolitana de Belo Horizonte, o Corpo de Bombeiros precisou de mais de 134 agentes, mais ajuda de apoio aéreo e terrestre para conseguir apagar as chamas, protegendo as comunidades dessa região.

O coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, comandante geral da corporação, destaca a preocupação durante esse período de seca, mas reforça que a corporação está dedicada a cumprir a missão de combater os incêndios.

“O momento é de atenção, considerando os alertas recentes de baixa umidade do ar e altas temperaturas, mas o Corpo de Bombeiros Militar segue firme na proteção das pessoas e do meio ambiente”, ao Agência Minas.

Foto: CBMMG/Divulgação

Alerta total

Para responder às demandas de maneira eficiente, aprimorando a coordenação das atividades de prevenção e combate, os bombeiros mantêm em funcionamento desde o dia 8 de julho, uma estrutura para centralizar e tornar padrão as estratégias de combate aos incêndios florestais nas Unidades de Conservação do estado.

Usando sistemas informatizados, a Sala de Coordenação Operacional faz o monitoramento através de satélite dos pontos de calor nas Unidades de Conservação estaduais e também nas zonas de amortecimento.

Se necessário, as equipes de campo são acionadas, fazendo o gerenciamento dos recursos de combate aéreo e terrestre, buscando atingir a eficiência no atendimento.

Em cada operação montada pelo CBMMG, postos de comando são instalados, possibilitando a integração com os outros órgãos envolvidos e brigadistas. Também são padronizadas as orientações às comunidades próximas ao incêndio.

Foto: CBMMG/Divulgação

Otimização da resposta

Todos os dias, mais de cem bombeiros reforçam o efetivo das unidades operacionais visando potencializar as ações de combate aos incêndios em toda Minas Gerais.

Também são instaladas bases operacionais em algumas Unidades de Conservação que são consideradas estratégicas, para diminuir o tempo de resposta, evitando a propagação imediata do fogo.

Essas bases são montadas nas unidades que apresentam maior incidência de registros de incêndios e área queimada na última década, detectados em estudo prévio da corporação.

São elas: Parque Estadual Serra do Cabral, em Joaquim Felício; APA Cochá e Gibão, em Bonito de Minas; Apae Alto do Mucuri, em Teófilo Otoni; e Parque Estadual Serra do Rola Moça, localizado entre os municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho.

Após detectar precocemente o foco de incêndio, a Sala de Coordenação Operacional faz o envio das equipes de combate. Esse gerenciamento mostra que cerca de 82,5% dos incêndios são extintos nas primeiras 24 horas de combate.

As bases operacionais também realizam ações preventivas com a população local, fazendo visitas a comunidades, escolas e propriedades rurais.

A operação continua até meados do mês de outubro, com possibilidade de ser prorrogada caso o período de chuvas demore mais a chegar, o que vai garantir a presença das equipes nessas regiões durante todo o período crítico das queimadas.

Foto: CBMMG/Divulgação
Gustavo Campos: Nascido em Esmeraldas e criado em Betim. Formado em Jornalismo no ano de 2009 pelo Centro Universitário Newton Paiva, tem passagem como repórter pelas redações dos jornais O Tempo, Jornal Super Notícia e Jornal Aqui Betim. No Jornal Turismo de Minas, exerceu as funções de editor e repórter. Em ambas empresas, escreveu para as editorias de Cidades, Polícia, Gerais, Cultura e Gastronomia.