Teremos outra Copa no Brasil?
O Brasil segue com favorito para sediar a décima edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino 2027. A escolha será definida na madrugada de sexta-feira, dia 17, durante o congresso da Fifa na cidade de Bangkok, na Tailândia.
Na disputa com o Brasil, está a candidatura tripla da Europa, representadas por Alemanha, Bélgica e Holanda.
O evento está marcado para começar às 23h de hoje, dia 16, com o resultado sendo anunciado já na madrugada do dia 17, sexta-feira. Para definir quem será o projeto vencedor, vão votar as 211 associações filiadas à Fifa.
Favoritismo
No início da campanha, há 13 meses, o Brasil era visto como azarão, com o passar do tempo, foi se tornando favorito para sediar a Copa Feminina de 2027 por vários motivos.
No fim de 2023, a África do Sul anunciou sua desistência, e a candidatura conjunta de Estados Unidos e México também foram retiradas.
O projeto brasileiro foi o que recebeu a maior nota entre os países candidatos, nota 4 (de um máximo de 5), contra 3,7 do europeu. A avaliação veio de um relatório elaborado por profissionais da Fifa que visitaram os países candidatos.
Com a retirada da proposta da Confederação das Américas do Norte e Central (Concacaf) 41 votos ficaram em aberto. Por intermédio da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), é possível que as outras associações do continente votem no Brasil.
A aproximação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com a Confederação Africana de Futebol (CAF), traz a possibilidade de mais 55 votos para o Brasil, trazendo um equilíbrio na eleição, já que a América do Sul tem apenas dez países. Como restaram só duas candidaturas, haverá apenas uma rodada de votação, sendo eleita a que tiver o maior número de votos.
Votação
Serão 15 minutos de apresentação para cada projeto, começando pelos europeus. Os relatórios com as notas das propostas produzidos pelos especialistas da Fifa já foram enviados previamente para os afiliados. Depois das apresentações, começa a eleição, por meio eletrônico.
Quem tiver o maior número de votos entre as 211 associações, será escolhido como sede da Copa do Mundo Feminina de 2027.
Segundo a Fifa, a decisão será definitiva e não haverá margem para reclamações ou recursos. Logo após anunciado o resultado, os votos de cada país serão revelados.
O projeto do Brasil
O Brasil apresentou dez estádios em dez cidades diferentes para receber os jogos, todos eles foram usados na Copa do Mundo Masculina de 2014.
São eles:
- Mineirão (Belo Horizonte)
- Beira-Rio (Porto Alegre)
- Mané Garrincha (Brasília)
- Arena Pantanal (Cuiabá)
- Arena da Amazônia (Manaus)
- Arena Fonte Nova (Salvador)
- Arena de Pernambuco (Recife)
- Arena Castelão (Fortaleza)
- Maracanã (Rio)
- Neo Química Arena (São Paulo)
Como argumento, o projeto brasileiro alegou que a América do Sul jamais recebeu um Mundial Feminino, já a Alemanha, por exemplo, foi sede em 2011. Outro argumento é que o país já tem toda a infraestrutura de 2014 pronta para ser replicada em 2027.
O apoio do Governo Federal também é bastante importante, já que a Fifa solicita vários benefícios fiscais. O Ministro do Esporte, André Fufuca (PP-MA) vai representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o congresso.
Uma proposta enviada pela CBF, sugeriu que o jogo de abertura da Copa aconteça no dia 24 de junho de 2027, numa quinta-feira, no Maracanã. A final está marcada para domingo, 25 de julho, no mesmo estádio.
ACBF também indicou dezenas de CTs e estádios menores, em 39 cidades diferentes, de 12 estados, para treinamentos de todas as 31 seleções que forem disputar a competição.