Dinheiro “guardado” no banco
Brasileiros ainda não sacaram a quantia de R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, até o fim do mês de julho deste ano.
Até o momento, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu aproximadamente R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões, que foram dispostos pelas instituições financeiras, é o que apresenta os dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira, dia 6.
Desde o fim de julho de 2024, 22.201.251 correntistas já haviam resgatados os valores a que tinham direito, o que representa 32,8% do total de 67.691.006 correntistas que aparecem na lista desde o início do programa. Entre os que já fizeram a retirada, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630 são pessoas jurídicas.
Valores
A maioria das pessoas e de empresas que não resgataram esse dinheiro, tem direito a quantias de menor valor. Os valores a receber de até R$ 10, registram 63,01% dos beneficiários. Valores a partir de R$ 10,01 e R$ 100, equivalem a 25,32% dos correntistas.
Os valores que ultrapassam a quantia de R$ 100,01 e R$ 1 mil, representam 9,88% e apenas 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.
O sistema do SRV foi reaberto em março do ano passado, e apresentou novas fontes de recursos e um novo sistema de agendamentos, com a possibilidade de resgate de valores de pessoas que já faleceram.
Só em julho deste ano, correntistas sacaram R$ 280 milhões, um valor superior ao sacado no mês anterior, que foi de R$ 270 Milhões.
Melhorias
Em sua nova fase, o SVR apresenta novidades importantes, como a impressão de telas e de protocolos de solicitação para serem compartilhadas via WhatsApp. Uma sala virtual de espera foi projetada para que todos os usuários possam fazer a consulta no mesmo dia, sem que precise seguir o cronograma baseado no ano de nascimento ou fundação da empresa.
A consulta de valores das pessoas já falecidas pode ser feita pelo herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. O sistema informa a instituição onde se encontra o valor e a faixa de valor.
Expansão
Desde a última terça-feira (3), o Banco Central permite que empresas inativas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito através do sistema, com o representante legal da empresa inativa fazendo o envio da documentação necessária para a instituição financeira.
Agora, o representante legal pode acessar o SVR com a conta pessoal Gov.br (ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para realizar a consulta dos valores.
Golpes
O Banco Central aconselha o correntista a prestar bastante atenção para não cair em golpes. O órgão salienta que todos os serviços do Valores a Receber são gratuitos e que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.