Cerol não é brincadeira
A chegada das férias escolares coincide com o tempo propício para brincadeiras ao ar livre, e uma das mais gostosas e tradicionais são os famosos papagaios e pipas.
Porém, em diversas vezes, essas brincadeiras vêm acompanhadas de um grande risco para a segurança tanto de quem brinca, quanto para quem está distante da brincadeira, quando acontece o uso do cerol ou da linha chilena.
Para alertar a população sobre os perigos na utilização dessas linhas cortantes, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) lança hoje, dia 15, mais uma edição da campanha “A Vida por um Fio”.
Nas redes sociais
A campanha no formato digital, desenvolvida principalmente para as redes sociais, tem o intuito de chamar a atenção para o tema e ainda incentivar denúncias anônimas ao Disque Denúncia 181, sobre o comércio ilegal desse material e onde eles são fabricados.
Somente em 2024, entre os meses de janeiro e junho, foram registrados 14 acidentes de trânsito em Minas Gerias, vítimas da utilização do cerol, dois deles com vítimas fatais.
Nesse mesmo período, no ano passado, foram registrados 11 acidentes nos mesmos moldes, e em todo 2023, 23. Os números estão disponíveis no Painel de Acidentes de Trânsito do Observatório de Segurança Pública da Sejusp no link.
Campanha
A Sejusp trará durante o mês, por meio do seu perfil no Instagram, dicas e alertas sobre os riscos do uso de linhas cortantes, sem que a segurança dos envolvidos seja afetada. Para dar início a ação, um vídeo com um depoimento de quem vive de perto o medo de ser atingido pelo cerol, foi postado no perfil.
A iniciativa vem acompanhada de várias peças gráficas, que trazem dicas para denunciar a prática. A denúncia pode ser feita anonimamente através do Disque Denúncia, pelo número 181. O serviço é disponível em todo o estado e funciona 24 horas por dia.
Somente esse ano, até o mês de maio, o canal já recebeu 17 denúncias referente a comercialização e/ou venda de linha de cerol, ou chilena.
“Esses produtos não devem ser usados em lugar nenhum, pois trazem grandes riscos para a saúde humana, podendo matar e deixar pessoas com sequelas permanentes. Então clamamos para que a sociedade não deixe isso acontecer. Denunciem para que as forças de segurança possam agir e os responsáveis sejam penalizados”, salientou o superintendente de Integração e Planejamento Operacional da Sejusp, Bernardo Naves.