Maio Roxo
Maio é o mês em que a Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) realiza mais uma edição da campanha Maio Roxo, com o intuito de alertar a sociedade sobre as doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Essas doenças têm como características, a inflamação do trato gastrointestinal, podendo atingir da boca ao ânus.
Durante todo o mês, um vasto material contendo vídeos e textos, estará disponível no Portal da Coloproctologia, a fim de esclarecer dúvidas que envolvam as doenças.
A campanha serve de alerta tanto para a população, quanto para os médicos, já que a prevalência da doença teve um aumento de 15% entre os anos de 2012 e 2020. Os estados do sul e sudeste tiveram a maior concentração de registros. Helio Antônio Silva, diretor de Comunicação da SBCP, ressalta que: “As doenças inflamatórias intestinais, em muitas das vezes, são subdiagnosticadas, e tem aumentado muito a sua incidência no país”.
Sociedade industrializada
Segundo o médico Paulo Gustavo Kotze, membro da SBCP, o aumento dos casos pode estar relacionado com o estilo de vida ocidentalizado, a dieta e o perfil genético dos pacientes. No sul e sudeste, a incidência já equivale com a de países da Europa, fazendo da doença uma enfermidade típica de sociedades mais industrializadas.
O principal objetivo da campanha é mostrar que a doença existe e conscientizar os pacientes a procurar ajuda especializada, e alertar os médicos não especialistas que o tratamento precisa ser feito da forma correta.
Sem cura
É importante frisar que as DIIs não tem cura, e as mais comuns são a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa. Adolescente e jovens adultos são os mais afetados. Apesar de serem doenças crônicas, é possível conseguir um bom controle.
Os principais sintomas são diarreias constantes por mais de 15 dias, diarreias recorrentes com cólicas, sangue, muco ou pus nas fezes, perda de peso, urgência evacuatória, falta de apetite e cansaço. Nos casos mais graves, anemia, febre, desnutrição e distensão abdominal.
Bons hábitos alimentares podem evitar as crises e prevenir o desenvolvimento da doença. A dieta precisa ser individualizada e orientada por equipe multidisciplinar, com médicos e nutricionistas, conforme o estado do paciente e a fase em que se encontra.