A Oxford brasileira
Amanhã, dia 12, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, chega a Belo Horizonte para uma visita ao Centro Nacional de Vacinas, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O espaço, ainda em construção, será o primeiro complexo do país com capacidade de executar todas as etapas do desenvolvimento de uma vacina, começando pela pesquisa até os testes pré-clínicos e clínicos.
A construção do espaço é um grande passo para o país na busca pela independência tecnológica na produção de insumos imunológicos, imunógenos (estimulam resposta do sistema imune) e vacinas no geral.
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O encontro também vai servir para serem anunciados o desenvolvimento de vacinas inéditas em todo o mundo, que alcançam à última etapa, a dos testes em humanos.
A primeira vacina 100% brasileira contra a Covid-19, a SpiN-TEC, foi a primeira a atingir esse estágio, jamais um imunizante brasileiro havia atingido a fase dos testes clínicos. Os estudos realizados para a produção da SpiN-Tec, proporcionou que outras três vacinas (contra Doença de Chagas, leishmaniose e malária), até então inéditas no mundo, atingissem a etapa de testes em humanos.
Investimento de R$ 30 milhões
Com a ideia de fazer do centro a “Oxford Brasileira”, o MCTI investiu aproximadamente R$ 50 milhões. O local está sendo construído na parte interna do Parque Tecnológico de Belo Horizonte, o BH-TEC, no bairro Engenho Nogueira, vizinho ao campus da UFMG. O Governo de Minas também participa do projeto com investimento de R$ 30 milhões.
Estrutura do CNVacinas
São aproximadamente 6 mil metros quadrados de área construída, divididos em um prédio de cinco andares. A estrutura será feita em formato de L, com um braço sendo mais curto que o outro. No braço mais longo, ficará a parte científica, de desenvolvimento, considerada o coração do CNVacinas. No espaço serão realizados os estudos, o desenvolvimento, os testes pré-clínicos e os testes clínicos dos imunizantes.
Na parte considerada como o braço mais curto, será construída uma estrutura de produção de lotes vacinais em condições de boas práticas de fabricação, chamado BPF, até então inédito no Brasil.
Outra parte será destinada a um miniauditorio e uma área para receber pacientes, os ambulatórios que irão viabilizar a realização de testes clínicos importantes.