Trasporte de combustíveis
Três usinas de combustíveis de Betim foram alvo hoje, dia 29, de uma fiscalização realizada por auditores fiscais do trabalho.
A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais informou que o objetivo é verificar as condições de segurança dos veículos das empresas que prestam esse serviço e também as jornadas de trabalho de motoristas e caminhões tanque.
A Auditora-Fiscal do Trabalho, Julie Santos Teixeira, informa que “Com a fiscalização da jornada de trabalho dos motoristas de caminhões-tanque e das condições de segurança desses veículos, que transportam combustíveis: álcool e gasolina, a operação visa evitar a ocorrência de acidentes com mortes nas estradas”.
Transportadoras fiscalizadas
A inspeções realizadas pela Fiscalização do Trabalho junto as transportadoras rodoviárias de cargas, identificaram, ao longo do tempo, uma permanente prática de infrações às regras na jornada do motorista profissional.
Entre janeiro de 2018 e março de 2023, foram realizadas cerca de 506 fiscalizações em todo o país, feitas pelo grupo especial de fiscalização em transportes da Secretaria de Inspeção do Trabalho.
Foram identificadas infrações por extrapolação ao limite máximo diário de jornada do motorista em 66% das ações fiscais.
“Chama atenção também a proporção de infrações por privação do intervalo interjornadas, observadas em 77% das inspeções. A informalidade também é situação frequentemente identificada no segmento”, ressalta a auditora.
Em 6.300 fiscalizações feitas pela Inspeção do Trabalho junto as transportadoras rodoviárias de cargas, no mesmo período, em 48% dos casos, foram identificadas a infração de manter trabalhador sem o devido registro.
Trasporte de cargas no Brasil
Segundo a Confederação Nacional dos Transportes, o transporte rodoviário de cargas é responsável por 60% de toda a circulação de cargas do país. Porém, é também, a maior causadora de acidentes fatais envolvendo trabalhadores.
Os motivos são as extensas jornadas de trabalho, a informalidade, as longas distâncias entre os trechos, a falta de local para repouso dos motoristas, as más condições de alimentação e a violência.