Sabor de Minas

O Expominas, em Belo Horizonte, recebe a partir de hoje, dia 13, e vai até domingo, dia 15, a 6ª edição do Festival do Queijo Artesanal de Minas.

Dados da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), mostram que o comércio de queijos artesanais do estado, movimenta cerca de R$ 6 bilhões por ano.

O Festival vai contar com diversas atividades como seminários, oficinas, palestras, votação popular do melhor queijo, agenda de relacionamento e também feira de produtos da agroindústria mineira.

Expositores

Neste ano, o festival terá o maior número de expositores desde a primeira edição do evento. Serão 40 no total, representando diversos segmentos como: azeites, mel, cachaças, doces, vinhos e café. No ano passado, mais de 20 mil pessoas visitaram o festival e foram comercializados, aproximadamente, quatro toneladas de queijo durante o evento.

“Além de apresentar a diversidade dos queijos artesanais de Minas para o grande público, a proposta do evento é valorizar e reconhecer os produtores dessa cadeia tão relevante econômica, social e culturalmente, destacando as regiões produtoras e incentivando novos negócios”, reforçou o presidente do Sistema Faemg Senar, Antônio de Salvo, em entrevista ao jornal Estado de Minas.

Novos territórios

A novidade esse ano é a inclusão da Serra Geral, no Norte do estado, produtora de diversos tipos de queijos e será apresentada pelos produtores do Queijo Minas Artesanal (QMA) da região.

Estarão presentes também outras 10 regiões tradicionais na produção desse tipo de queijo: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serras da Ibitipoca, Serro e Triângulo Mineiro.

Todas essas localidades são produtoras do mesmo tipo de queijo, porém, cada uma tem o seu “saber fazer” específico. Cada lugar dá ao queijo a sua identidade própria, conforme as características do local onde é produzido. A matéria-prima é única para todos, o leite de vaca cru, com ele procedente da mesma propriedade onde está a queijaria.

O evento também conta com outros dois tipos de queijo além do Queijo Minas Artesanal, o Alagoa e o Mantiqueira de Minas, totalizando 13 participantes.

Gastronomia em cena

Será montada durante o festival, uma “Cozinha Show”, em parceria com o Instituto de Hospitalidade e Artes Culinárias (Inhac), escola assinada pelo renomado chef mineiro Léo Paixão. O público terá oportunidade de participar e acompanhar o processo de criação de vários pratos criados pelos professores da entidade.

Além do queijo, os pratos serão elaborados a partir de itens artesanais de Minas como azeites, vinhos, mel, cachaças e doces.

Oficinas

O público também terá a oportunidade de participar de oficinas de harmonização de queijos com cachaças, mel, vinho e cervejas artesanais, além da oficina “Queijo e Cultura”, coordenada pelo chef, professor e condutor de experiências gastronômicas Paulo Turziani e pelo consultor Elmer de Almeida, especialista em queijos artesanais de Minas, com aulas práticas de gastronomia e a degustação de queijos artesanais com o Centro de Referência do Queijo Artesanal.

Participação feminina

O “Seminário Técnico do Queijo Artesanal” é outra iniciativa desta edição, uma das pautas abordadas será encabeçada pelo Sistema Faemg Senar, com o tema “Encontro das Mulheres do Queijo”, que vai incluir produtoras, técnicas, pesquisadoras ou outras que também atue nessa área. O foco será o reconhecimento e a importância do empreendedorismo feminino no ramo.

“A mulher sempre esteve presente na cadeia do queijo, mas, muitas vezes, a sua atuação fica escondida. Precisamos promover o reconhecimento do papel ativo que elas desempenham nas várias etapas do processo produtivo”, observou a gerente da Mulher, do Jovem e de Inovação do Sistema Faemg Senar, Silvana Novais, em entrevista ao jornal Estado de Minas.