Férias escolares
As férias escolares chegaram! Mas a alegria dos pequenos pode ser, em muitos casos, a causa de preocupação para os pais. E não é apenas pela logística em conciliar o tempo livre das crianças com o trabalho. Para muitos, a preocupação vai além: a incerteza sobre a próxima refeição dos filhos.
Segundo pesquisa publicada pelo Programa Mundial de Alimentos (WFP) em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Brasil fornece alimentação escolar para mais de 40 milhões de alunos. Para muitos destes, a merenda escolar não é apenas uma fonte de nutrição, mas também a garantia de uma alimentação digna.
Com o fechamento das escolas durante o período de recesso, essa segurança é interrompida, deixando muitas famílias preocupadas com o que seus filhos vão comer durante os dias sem aula.
Dificuldade a uma alimentação contínua
A dificuldade do acesso a uma alimentação contínua e balanceada pode agravar problemas de saúde, como desnutrição, anemia e estresse, além de afetar o bem-estar geral das crianças.
Marta Malaquias, nutricionista do Instituto Ramacrisna, alerta sobre os impactos da falta de alimentação adequada durante este período:
“As férias escolares podem ter um efeito significativo na alimentação infantil, especialmente em famílias em situação de vulnerabilidade. Durante o período letivo, muitas crianças têm acesso a refeições gratuitas ou subsidiadas através de programas de merenda escolar, que garantem uma fonte de nutrição regular e balanceada. Quando as escolas fecham para as férias, essas crianças perdem essa fonte essencial de alimentos, o que pode agravar problemas de saúde como desnutrição, anemia e estresse, além de afetar o bem-estar geral delas.”
Para mitigar esses riscos, instituições como o Ramacrisna, em Betim, mantêm suas portas abertas durante as férias, garantindo a oferta de refeições diárias durante a temporada para os alunos.
Solange Bottaro, vice-presidente do Instituto Ramacrisna destaca:
“Nós entendemos que nosso papel vai além da educação, esporte e cultura. É um dever moral proporcionar segurança alimentar para as crianças de nossa comunidade.”
A instituição, comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente o ODS 2 – Fome Zero, reforça seu papel na garantia da segurança alimentar.
Além da alimentação, o Instituto Ramacrisna realiza uma colônia de férias durante o período como forma de incentivo para que os alunos mantenham a frequência, garantindo a redução destes impactos.
Do dia 15 a 31 de julho, os participantes contam, além da alimentação, com atividades educativas e recreativas como jogos, esportes, cinema e brincadeiras. A iniciativa alimenta o corpo, mas também nutre a mente e o espírito das crianças, fortalecendo sua resiliência e senso de comunidade.
Marinalva Rocha, mãe dos alunos Thailler e Thaila, relata como a ação impacta a vida de sua família:
“O Instituto nos ajuda muito. Eu e meu esposo trabalhamos fora e não temos com quem deixar os meninos nesse período. Se não fosse a colônia de férias, não sei como faríamos. Eles terão ainda a oportunidade de ficar lá em tempo integral. E tem a alimentação também, que muitas vezes a gente não consegue manter uma alimentação adequada igual à que eles têm lá, ainda mais nessa idade que gastam tanta energia, é difícil para muitas famílias.”
Com essas iniciativas, o Instituto Ramacrisna demonstra como a combinação de educação, alimentação e atividades recreativas pode criar um ambiente seguro e enriquecedor para crianças e adolescente, mesmo durante períodos de recesso escolar.
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