MG Transplantes

Equipes do MG Transplantes, composta por médicos e enfermeiros, realizaram uma importante captação de múltiplos órgãos no Complexo Hospitalar de Barbacena (CHB), que é uma unidade da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

A operação resultou na captação de seis órgãos: coração, fígado, dois rins e duas córneas. Os órgãos foram transportados rapidamente por meios terrestres e aéreos, disponibilizados pelo Governo de Minas, para assegurar a realização dos transplantes dentro do tempo necessário.

Os órgãos captados foram destinados a hospitais na Zona da Mata mineira e no Distrito Federal, sendo encaminhados a pacientes compatíveis que estão cadastrados na Central de Transplantes do Estado, respeitando a ordem de prioridade. Atualmente, quase 44 mil pessoas aguardam por um órgão em todo o Brasil, sendo cerca de 4 mil somente em Minas Gerais. Além disso, mais de 29 mil pessoas no país, incluindo quase 4 mil em Minas, esperam por uma córnea.

Doação e processos envolvidos

A doação de órgãos é um processo complexo que envolve a identificação de doadores em casos de morte encefálica ou parada cardíaca. Após a captação, são realizados exames de compatibilidade e avaliação clínica.

Os órgãos são alocados com base na lista de espera, levando em conta a gravidade do estado de saúde do receptor e a compatibilidade imunológica e anatômica. Todo o processo segue rigorosos protocolos éticos e legais para garantir a segurança e conformidade jurídica dos transplantes.

O diretor do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado, destaca que um único doador pode salvar a vida de oito ou mais pessoas que aguardam por transplantes. Ele conta a importância de que as pessoas conversem com suas famílias sobre a intenção de doar órgãos e tecidos, pois a decisão final cabe à família do doador.

Referência em urgência e emergência

Desde sua inauguração em 2014, o Hospital Regional de Barbacena Dr. José Américo, parte do CHB, tem sido uma referência para casos de trauma e acidente vascular encefálico (AVE). Quando há suspeita de morte encefálica, é iniciado o protocolo para determinar as causas e notificar a organização de procura de órgãos (OPO) de Juiz de Fora, que é a referência para a região onde o hospital está localizado.

Após a confirmação do diagnóstico e a obtenção da autorização familiar, a logística para a captação e o transporte dos órgãos é imediatamente ativada, garantindo a entrega dos órgãos aos centros transplantadores.