Ampliando a proteção contra o HPV
O Ministério da Saúde implementa uma nova abordagem na vacinação contra o HPV: agora, adota-se o esquema em dose única, substituindo o modelo anterior em duas aplicações.
Essa mudança praticamente dobra a capacidade de imunização dos estoques disponíveis no país, visando intensificar a proteção contra o câncer de colo do útero e outras complicações associadas ao vírus.
A decisão foi ratificada pelos participantes da Câmara Técnica Assessora (CTAI) em sua última reunião.
Aumentando a adesão e a cobertura vacinal
O principal objetivo é elevar a adesão à vacinação e ampliar a cobertura vacinal, buscando eliminar o câncer de colo do útero como um problema de saúde pública.
Essa recomendação foi embasada em estudos com evidências robustas sobre a eficácia do esquema em dose única, alinhando-se às recomendações mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Público-alvo e busca ativa
O público-alvo continua sendo formado por meninas e meninos de 9 a 14 anos, priorizando sua proteção antes da exposição ao vírus.
Além disso, a nota técnica recomenda que estados e municípios realizem busca ativa para garantir que jovens brasileiros até os 19 anos tenham acesso à vacina contra o HPV.
O Brasil adota a dose única, alinhando-se a 37 países que já adotaram esse esquema, buscando resultados positivos na proteção da população contra o vírus.
Incremento nas doses aplicadas
Em 2023, foram aplicadas mais de 6,1 milhões de doses da vacina contra o HPV, representando o maior número desde 2018 e um aumento significativo em relação aos anos anteriores.
Esse progresso reflete o esforço conjunto de estados, municípios e Ministério da Saúde, revertendo a tendência de queda nas coberturas vacinais.
Essa parceria fortalece o Movimento Nacional pela Vacinação, essencial para proteger a população.