No primeiro semestre de 2024, turistas estrangeiros gastaram 20,9 bilhões no Brasil

Argentinos foram os que mais visitaram o país nesse período

De braços abertos para o mundo

De janeiro a junho deste ano, visitantes estrangeiros movimentaram no país, cerca de US$ 3,7 bilhões, equivalente a R$ 20,9 bilhões.

Esse montante é recorde para o período, ultrapassando o valor gasto no país no primeiro semestre de 2014, ano em que a Copa do Mundo foi disputada no Brasil, quando os viajantes injetaram na economia nacional cerca de US$ 3,5 bilhões.

Os dados divulgados pelo Banco Central mostram, na comparação com o primeiro semestre de 2023, quando foram movimentados US$ 3,2 bilhões (R$ 18,2 bilhões), aumento de 15,6%.

Destino desejado

Em nota, Celso Sabino, ministro do Turismo, afirma que o Brasil tem se firmado como um destino atrativo, competitivo e valorizado no cenário internacional.

“Estamos, cada vez mais, recebendo esses visitantes internacionais com uma diversidade incrível de experiências turísticas”, destacou.

O recorde de valores entrando no país casa com o aumento de turistas estrangeiros que estão visitando o Brasil. De janeiro a junho, mais de 3,59 milhões de turistas internacionais estiveram no país, visitando vários destinos brasileiros. Esse número é 9,7% maior que o observado no mesmo período de 2023 e 1,9% acima do registrado em 2019.

O recorde de visitantes estrangeiros no país foi em 2018, quando 6,6 milhões de estrangeiros desembarcaram no Brasil. Para o Ministério do Turismo, a expectativa é que esse número seja superado neste ano.

Foto: Aeroporto de Guarulhos/Divulgação

Turismo e desenvolvimento econômico

Segundo o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo, o turismo internacional é uma potência econômica e contribui diretamente para o desenvolvimento do país.

“Quando falamos dessa arrecadação histórica, falamos em geração de emprego e renda em todo o país, construindo uma economia que valoriza nossa cultura e gera sustentabilidade ambiental. Somos um país rico e, além de sol e praia, temos natureza, ecoturismo, afroturismo, gastronomia, cultura e muito mais. As pessoas estão vindo para cá para conhecer o que temos para oferecer e contando lá fora as experiências incríveis que viveram por aqui.”, destaca Freixo, ao site da Agência Brasil.

Voos

A principal porta de entrada para os viajantes que vem de outros países continua sendo os voos internacionais. Nos primeiros seis meses do ano, foram registrados 2.234.033 desembarques no Brasil.

A Embratur tem planos de ampliar a malha aérea internacional com a entrada de novos voos com destinos inéditos, além de aumentar a frequência nas rotas que já estão em operação.

Uma parceria da Embratur com o Ministério de Portos e Aeroportos, lançou em março deste ano, o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati), que prevê a parceria público-privada com as companhias aéreas e aeroportos, visando o aumento no número de assentos e de voos internacionais para o Brasil.

Estima-se que o Pati permitirá o aumento de 70 mil novos assentos em voos estrangeiros com destino ao Brasil, entre o mês de outubro de 2024 e março do próximo ano.

Foto: Daniel Brasil/Gov. Brasil

Ranking de 2023

Em 2023, a Argentina foi o país que mais enviou turistas para o Brasil. Foram 1,9 milhões de argentinos (32% do total), seguida por Estados Unidos, com 668,5 mil (11%), Chile, com 458,5 mil (7,7%), Paraguai, com 424,5 mil (7,1%), e Uruguai, com 334,7 mil (5,6%).

Partindo da Europa, o principal emissor de turistas para o Brasil, ocupando a sexta posição, vem a França, com 187,5 mil turistas (3,1%), com Portugal vindo logo atrás com 158,5 mil (3%), Alemanha, com 158,5 mil (2,6%); Reino Unido, com 130,2 mil (2,2%); e Itália, com 129,4 mil (2,2%), fechando o ranking.

Gustavo Campos: Nascido em Esmeraldas e criado em Betim. Formado em Jornalismo no ano de 2009 pelo Centro Universitário Newton Paiva, tem passagem como repórter pelas redações dos jornais O Tempo, Jornal Super Notícia e Jornal Aqui Betim. No Jornal Turismo de Minas, exerceu as funções de editor e repórter. Em ambas empresas, escreveu para as editorias de Cidades, Polícia, Gerais, Cultura e Gastronomia.