Obras de biofábrica para controle da dengue é concluída

Epidemia já matou 304 pessoas em Minas

Foto: Pixabay

Luta contra a dengue

A partir de hoje, Minas tem um novo mecanismo para controle da dengue e de outras arboviroses, como zika e chikungunya. O Governo do Estado anunciou a conclusão das obras da biofábrica Método Wolbachia, em Belo Horizonte.

Minas Gerais enfrenta a maior epidemia de dengue da história. São mais de 500 mil casos, com 304 mortes causadas pela doença.

O início das obras foi anunciado pelo Governo de Minas em março do ano passado, em um terreno do Executivo, na região Oeste de Belo Horizonte, no bairro Gameleira.

O método Wolbachia

O método usado na fábrica consiste na liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados em laboratório, com a bactéria Wolbachia, fazendo com que os mosquitos se reproduzam e espalhem a bactéria.

A ideia inicial é soltar esses vetores produzidos na fábrica não só na capital mineira, mas também em outras cidades do país. Os primeiros insetos serão liberados já no segundo semestre de 2024, tendo como prioridade as cidades da bacia do rio Paraopeba, atingidas pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho. Os estudos divulgados pelos responsáveis pelo método apresentam uma redução de 70% dos casos de dengue onde a intervenção já foi realizada, como, por exemplo, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.

Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz

Custos da obra e manutenção da fábrica

Os custos da obra, orçados em R$ 20,1 milhões, vem de um acordo judicial firmado entre a Vale e o Governo de Minas, para amenizar os danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho. A Vale também será responsável pela mobília e pelos equipamentos.

A mineradora também será responsável por custear todo o funcionamento da unidade durante um período de cinco anos, contados a partir da licença de operação.

Na inauguração, estarão presentes representantes do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG), do Ministério da Saúde, do World Mosquito Program (WMP) Brasil/Fiocruz.

Gustavo Campos: Nascido em Esmeraldas e criado em Betim. Formado em Jornalismo no ano de 2009 pelo Centro Universitário Newton Paiva, tem passagem como repórter pelas redações dos jornais O Tempo, Jornal Super Notícia e Jornal Aqui Betim. No Jornal Turismo de Minas, exerceu as funções de editor e repórter. Em ambas empresas, escreveu para as editorias de Cidades, Polícia, Gerais, Cultura e Gastronomia.