Petrobrás anuncia que gás natural ficará mais barato em novembro

Contratos de gás com uma maior diversificação foram aprovados pele empresa

Preço do gás

A Petrobrás anunciou na tarde de hoje, dia 14, que reduzirá o preço do gás natural para as distribuidoras em 1,41% a partir de novembro.

O anúncio foi feito pelo diretor-executivo de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobrás, Maurício Tolmasquim, no Rio de Janeiro.

Durante o anúncio, Tolmasquim ressaltou que no acumulado, o produto apresentou uma queda no preço de 17%, desde 2023.

Transição energética

Segundo o diretor-executivo, o gás natural é uma parte fundamental da transição energética, e afirmou que o objetivo do governo e de da Petrobrás, é conseguir preços competitivos para os consumidores, visando a massificação do gás, um elemento fundamental do programa brasileiro, já que emite menos poluentes que outros combustíveis fosseis.

“Então, agora em novembro, acabei de ter essa informação, a gente vai reduzir em 1,41% o preço do gás por conta do câmbio pela cotação do Brent em relação ao trimestre anterior, lembrando que, desde 2023, já foram reduzidos de 17% do preço do gás desde janeiro de 2023, isso no governo Lula, mais de 1,41% agora neste trimestre. É uma mudança e um movimento importante”, disse.

O anúncio foi feiro durante um café da manhã na sede da empresa, e contou com a presença da presidente da Petrobrás, Magda Chambriard e demais diretores da companhia.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Diversificação maior

Em outro momento, Tolmasquim reforçou que a diretoria da companhia aprovou, em outubro, novas ofertas de contrato de gás de distribuidoras com uma maior diversificação.

“As distribuidoras podem fazer um tipo de contrato jogando com flexibilidade, prazos, início de fornecimento, local de entrada e indexador. Jogando com essas variáveis a gente tinha 20 possibilidades de combinação de contratos anteriormente. Esse novo pacote aprovado pela diretoria faz passar de 20 para 48 possibilidades para as distribuidoras”, detalhou.

Além da possibilidade de um preço mais competitivo, o diretor também considerou interessante a aprovação de um prêmio de incentivo à demanda, onde o preço seria 10% inferior ao preço de referência para consumos que sejam maiores que o compromisso do cliente.

“Se o cliente tinha um valor para compromisso mínimo e ultrapassar o compromisso, tem que ter uma redução de 10% no preço de referência. Isso também vai nesse sentido da política de dar mais acesso ao gás”, revelou o diretor, destacando que a medida vale para as distribuidoras.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Produção pode aumentar

Segundo a presidente da Petrobrás, a companhia tem expectativa do aumento da produção do Complexo de Energias Boaventura, antes chamado de Comperj.

Localizado em Itaboraí, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, e inaugurado em setembro deste ano, o polo tem capacidade para aumentar em 50% a produção de derivados no estado do Rio.

Em seguida, ela afirmou que a empresa analisa poços de petróleo que, em uma avaliação anterior, podem ter sido considerados como ponto de não exploração de gás por várias questões de interpretação.

“A gente tem isso na Bacia de Campos, a gente tem isso no Campo de Búzios, então a Petrobras está indo na direção da busca de mais gás para a sociedade. Se a gente tiver mais gás a gente tem chance de ter gás mais barato, aproveitar mais o gás e consegue endereçar o gás para tudo o que o país precisa, como fertilizantes, petroquímicos e química em geral. A gente fica muito impressionado de ver uma indústria química que precisa do nosso gás e que o gás, às vezes, é cerca de 40% do custo do produto final. A gente tem um gás caro e não consegue ofertar na medida da necessidade”, explicou a presidente.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A presidente também informou que o mercado livre de gás já conta com seis empresas, entre elas a Ternium, a CSN e a Gerdau, e a previsão é de que esse número aumente.

“Logo no início do ano serão sete os nossos clientes no mercado livre de gás e o mercado vai se ampliando. A Petrobras vai ocupando esse espaço e vai barateando o gás para a gente poder viabilizar esse imenso mercado de gás que pode acontecer no Brasil. A gente entende que, com um preço adequado de gás, o mercado de gás brasileiro pode triplicar em termos de capacidade e de absorção de gás. É isso que estamos buscando. A gente não quer abrir o mercado para ninguém, não. O mercado que a gente puder ocupar a gente vai ocupar”, concluiu.

Gustavo Campos: Nascido em Esmeraldas e criado em Betim. Formado em Jornalismo no ano de 2009 pelo Centro Universitário Newton Paiva, tem passagem como repórter pelas redações dos jornais O Tempo, Jornal Super Notícia e Jornal Aqui Betim. No Jornal Turismo de Minas, exerceu as funções de editor e repórter. Em ambas empresas, escreveu para as editorias de Cidades, Polícia, Gerais, Cultura e Gastronomia.