Plano com novas regras para transporte de animais é anunciado pelo Governo Federal

Tutores poderão rastrear seus pets durante o trajeto da viagem

Transporte seguro para pets

Na tarde de ontem, dia 30, o governo federal anunciou regras mais rígidas para o transporte de animais em voos, por meio da iniciativa chamada Plano de Transporte Aéreo de Animais (Pata).

Os pets poderão ser rastreados pelos seus tutores em todas as etapas da viagem, desde o embarque até o desembarque em seu destino.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, responsável pelo anúncio das novas regras, esse monitoramento será realizado por meio de câmeras e aplicativos.

Novas medidas

Outra medida anunciada é que as companhias aéreas terão de oferecer aos clientes serviço veterinário em casos de emergência, como maneira de garantir que os animais receberão um atendimento adequado.

O plano prevê ainda a criação de um canal direto de comunicação com os tutores, que vai fornecer informações sobre a situação do voo, capacitação e treinamento de profissionais do setor aéreo e controle do serviço prestado.

As novas regras serão publicadas nesta quinta-feira, dia 31, e passam a valer automaticamente.

Toda a fiscalização em torno do cumprimento integral do plano caberá à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Um prazo de 30 dias foi estipulado para que as empresas aéreas se adaptem às normas.

“Haverá um trabalho coletivo da Anac no sentido de fiscalizar, de cobrar e de multar as companhias aéreas que não atuem de acordo com o bom serviço de transporte animal”, disse o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O plano foi elaborado por um grupo de trabalho formado por representantes de nove órgãos governamentais, entidades de proteção animal e companhias aéreas, que ouviram e analisaram mais de 3,5 mil sugestões da sociedade.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Caso Joca

A apresentação do plano acontece seis meses após a morte do golden retriever Joca, que morreu em uma caixa de transporte após uma falha no sistema de transporte da empresa Gol.

O animal, que tinha como destino a cidade de Sinop, no estado do Mato Grosso, em um voo de aproximadamente 2h30, teve seu destino alterado por um erro, levando o cão para Fortaleza, e depois retornando para o Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

As 8 horas acumuladas dentro dos voos levou o cachorro a morte, onde o laudo veterinário apontou estresse, desidratação e problemas cardíacos como a causa da morte.

Para João Fantazzini, tutor do cão Joca, as novas normas representam um avanço para o país, e tem o objetivo de garantir o bem-estar e segurança dos animais durante os voos. Ele defendeu também a aprovação de uma lei que permita o transporte de pets de qualquer tamanho junto aos tutores nos aviões.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Gustavo Campos: Nascido em Esmeraldas e criado em Betim. Formado em Jornalismo no ano de 2009 pelo Centro Universitário Newton Paiva, tem passagem como repórter pelas redações dos jornais O Tempo, Jornal Super Notícia e Jornal Aqui Betim. No Jornal Turismo de Minas, exerceu as funções de editor e repórter. Em ambas empresas, escreveu para as editorias de Cidades, Polícia, Gerais, Cultura e Gastronomia.