Indiciados
A Polícia Civil de Minas Gerais anunciou hoje, dia 28, o indiciamento de três homens pela prática de estupro coletivo ocorrido no mês de julho deste ano, em Betim.
Dois deles já estão presos desde julho, após uma operação feita pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), um MC de 26 anos e um motorista de aplicativo de 23 anos, o terceiro suspeito, de 22 anos, continua foragido.
Os três homens são acusados de estuprar uma jovem de 14 anos, na casa de um deles, que seria vizinho da vítima.
O crime
A vítima, uma menina de 14 anos, foi enganada por dois dos investigados, sendo induzida a comparecer à porta da casa de um deles, onde ocorreu o crime, no dia 2 de julho deste ano.
A delegada titular da Deam em Betim, Karla Moreira, relatou como tomou conhecimento dos fatos.
“As investigações iniciaram seis dias após o crime, quando os genitores da vítima foram à Deam relatando que os dois vizinhos de frente, em uma conversa com a vítima, marcaram para ir à casa de um deles. Esses dois homens chamaram um terceiro e tentaram ludibriá-la para que ela fosse até a residência de um deles, local em que ocorreram os fatos”, pontuou a delegada em entrevista coletiva.
Ainda conforme a delegada, dois dos suspeitos são cantores de funk, conhecidos como MCs, em Betim.
“Dois deles são MCs e o produtor musical desses indivíduos visualizou o momento em que estavam conversando com a menina na porta da residência de um deles. No interior da casa, eles a levaram até um quarto, apagaram a luz e um dos suspeitos puxou a menina para cima dele e a beijou à força, enquanto o segundo agente puxou o short dela e manteve a conjunção carnal”, detalhou Moreira.
Segundo as investigações, o terceiro homem foi responsável por segurar a vítima pelos braços e cabelos, enquanto os outros dois a estupravam.
Pós-crime
A investigação mostrou também que, um dia depois do crime, um dos envolvidos procurou a vítima e entregou a ela uma pílula do dia seguinte e fez ameaças, caso ela falasse para alguém sobre o estupro.
A vítima só contou para os seus pais três dias após o ocorrido, que de imediato, procuraram a delegacia para fazer um boletim de ocorrência.
Após o recebimento da denúncia, a Polícia Civil realizou uma busca e apreensão na casa dos suspeitos, que também tiveram seus celulares apreendidos. Nos aparelhos, os policiais encontraram diversas conversas e fotos incriminadoras dentro da casa onde foi cometido o crime.
Prisão
Concluída a investigação, a PCMG decidiu pela prisão temporária dos envolvidos, onde foi realizada a “Operação MCs”, com o intuito de cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão.
A operação foi deflagrada no dia 10 de julho, quando dois dos envolvidos, o de 23 e 26 anos, foram presos nos bairros Alterosa e Filadélfia, respectivamente.
Além dos celulares, os policiais apreenderam também um notebook, um simulacro de arma de fogo e remédios para disfunção erétil. Todo o material foi submetido à análise da perícia e todos os laudos se encontram anexados no inquérito policial finalizado.