Polícia Civil lança ferramenta com dados de pessoas desaparecidas em MG

De janeiro até junho, 2.745 pessoas desapareceram no estado

Desaparecidos

Polícia Civil prepara o lançamento de um site que vai permitir a contabilidade de quantas pessoas estão desaparecidas e em quais cidades do estado e também traçar um perfil dos desaparecidos.

O lançamento da ferramenta foi feito hoje, dia 5, e terá os dados a partir de 2019, até 2024. Será possível fazer um filtro nos dados, selecionando por Região Integrada de Segurança Pública (RISP), regional ou município.

Em Minas, os dados mostram que 2.745 pessoas desapareceram de janeiro a junho deste ano. No mesmo período do ano passado, o número caiu 24%. Em todo 2023, 7,235 pessoas ficaram desaparecidas no estado.

Foto: PCMG/Divulgação

Motivos do desaparecimento

Segundo Ingrid Estevam, delegada da Divisão Especializada de Referência à Pessoa Desaparecida, a maioria dos desaparecidos está envolvido em algum tipo de conflito familiar, uso de drogas e álcool ou alguma deficiência, como perda da memória ou dificuldade de se locomover.

Em sua grande maioria, os desaparecidos são do sexo masculino, somando 66%. Entre adolescentes e crianças, o número maior é de mulheres, 61%. A delegada ainda revela que as saídas escondidas podem servir de motivação para desaparecimentos.

“Ás vezes o adolescente quer sair de casa para ir curtir uma balada e os pais não deixam, e aí elas acabam saindo escondido, e causam essa preocupação por parte dos familiares. Muitas vezes, essa saída às escondidas pode ocasionar uma série de fatores preocupantes”, explica Ingrid, ao site da instituição.

Foto: PCMG/Divulgação

Ela também ressalta que não existe um período de tempo a partir do qual a pessoa pode ser considerada desaparecida. Ao primeiro sinal de uma saída incomum, a polícia já deve ser avisada.

“Em absoluto, nós não devemos esperar 24 horas. Assim que o familiar perceber que aquele ente querido quebrou a rotina dele, saiu do padrão e não retornou para residência, não entrou em contato, o familiar deve imediatamente procurar a delegacia, fazer o registro e prestar todas as informações necessárias, sem omitir nenhuma informação”, orienta a delegada.

Gustavo Campos: Nascido em Esmeraldas e criado em Betim. Formado em Jornalismo no ano de 2009 pelo Centro Universitário Newton Paiva, tem passagem como repórter pelas redações dos jornais O Tempo, Jornal Super Notícia e Jornal Aqui Betim. No Jornal Turismo de Minas, exerceu as funções de editor e repórter. Em ambas empresas, escreveu para as editorias de Cidades, Polícia, Gerais, Cultura e Gastronomia.