Sem acordo
Em uma reunião realizada ontem, dia 21, em frente à Assembleia Legislativa (ALMG), os policiais penais de Minas anunciaram que as visitas e banhos de sol nos presídios mineiros estão suspensas por tempo indeterminado.
A decisão foi tomada em represália à aprovação pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da ALMG, em relação ao projeto de lei proposto pelo governador Zema (Novo), que prevê um reajuste de 3,62% para os servidores civis e militares da administração direta do estado.
Em forma de protesto, a medida foi anunciada pelo presidente do Sindicato dos Policiais Penais em Minas (Sindppen-MG), Jean Ottoni, enquanto o projeto era analisado na CCJ da Assembleia.
Reivindicação
Os agentes de segurança reivindicam um reajuste maior, de 41,6%, alegando uma defasagem salarial que já dura sete anos. Em uma maneira de tentar pressionar o governo em busca da recomposição salarial, na semana passada, os agentes adotaram o regime de estrita legalidade, quando os trabalhadores cumprem somente o serviço como está previsto em lei.
“Todos os policiais penais cumprirão suas jornadas de trabalho nas penitenciárias. Vamos, com certeza, manter a dignidade dos detentos com comida e auxílios, mas existirão procedimentos que não vamos realizar, como cumprir visitas e garantir banhos de sol. Vamos manter o que é essencial nas unidades prisionais até que seja definida a nossa recomposição salarial justa“, explicou Jean Ottoni, aos veículos de imprensa no local.
Projeto de lei aprovado
O projeto de lei que reajusta os salários dos servidores públicos estaduais em 3,62%, foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da ALMG, o que garante a legalidade do projeto, que agora, avança para outras comissões do legislativo mineiro, ante de ser submetido ao plenário. A aprovação foi considerada uma vitória do governo. Outras três emendas apresentadas por deputados de oposição, que também visavam ampliar o reajuste salarial dos servidores, foram derrubadas pelos deputados.