Alvos foram estabelecimentos comerciais em Shopping Popular
A Receita Federal, em parceria com a Polícia Militar de Minas Gerais, deflagrou na quinta-feira, 13 de junho, mais uma etapa da Operação “Atacado Central” em Belo Horizonte.
A operação mirou dez estabelecimentos comerciais localizados em um shopping popular da cidade, investigados por comercializarem produtos importados de forma irregular e pirateados.
As investigações revelaram que as empresas e pessoas envolvidas movimentaram milhões de reais ao longo dos últimos anos. Um dos alvos movimentou mais de 11 milhões de reais em quatro anos, enquanto outros movimentaram cerca de 9 milhões. Apesar dessa robusta movimentação financeira, os rendimentos declarados por esses comerciantes são baixos e não correspondem ao seu estilo de vida luxuoso.
Patrimônio e uso de laranjas
Alguns dos alvos residem em bairros nobres e possuem carros de luxo, com patrimônios que incluem imóveis avaliados em mais de 3 milhões de reais, muitos dos quais não são declarados à Receita Federal.
Há indícios de que alguns comerciantes utilizam “laranjas” para gerenciar seus negócios e ocultar suas atividades dos órgãos de fiscalização. Além disso, muitos estabelecimentos não possuem CNPJs regulares, e há um padrão de abertura e fechamento de várias empresas para evitar passivos tributários.
O comércio irregular prejudica a economia ao criar concorrência desleal e evitar o pagamento de impostos que deveriam ser destinados ao bem-estar socioeconômico do país.
Participaram da operação 25 servidores da Receita Federal e uma equipe da Polícia Militar. A ação tem o apoio do Fórum Nacional Contra a Pirataria e visa defender o mercado legal que gera empregos e atrai investimentos.