Suspeito de estupro em “hotelzinho” de Betim é indiciado pela Polícia Civil

Após investigação, suspeito foi preso preventivamente no início de julho

Monstro do hotelzinho

A Polícia Civil indiciou um homem de 60 anos, suspeito de estuprar duas crianças em um hotelzinho infantil no bairro Vila Cemig, em Betim.

O suspeito, marido da proprietária da instituição, foi indiciado pelas práticas de estupro de vulnerável e registro de fotografia envolvendo crianças em situação de pornografia.

O caso passou a ser investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) após denúncia feita pelos pais de duas crianças, uma de 5 e a outra de 7 anos, que eram matriculadas na instituição.

Foto: PC/Divulgação

Investigações

Com base nas informações apresentadas na denúncia, as investigações iniciaram imediatamente.

“Tivemos toda cautela possível para preservar tanto os envolvidos quanto as vítimas e seus familiares”, pontuou a delegada titular da Deam, Karla Carvalho, em entrevista coletiva.

Após apuração, foi pedido à Justiça, mandados de prisão temporária e de busca e apreensão no local, cumpridos pela Polícia Civil no início de julho.

No local, foram apreendidos um pen drive e um celular, onde foram encontradas fotos das meninas que foram abusadas em uma sala do hotelzinho. Enquanto dormiam, o homem tirava fotos das crianças, sempre buscando a região genital.

Foto: PC/Divulgação

Responsabilização

O suspeito, que está preso preventivamente desde o início de julho, vai responder pelos crimes sexuais e por fazer registros fotográficos de conteúdo pornográfico das vítimas. As penas para essas condutas podem chegar a até 25 anos.

“Em relação à proprietária, concluímos que ela, de fato, agiu com negligência – ela tem uma responsabilidade contratual com os pais dessas crianças, então deve responder pelo resultado, ainda que por omissão. Porém, como ela agiu com culpa, não há o que se falar em responsabilização criminal, uma vez que não há crime de estupro de vulnerável culposo no Código Penal”, esclarece a delegada.

A delegada informou também que durante as investigações, foi enviado um ofício à Secretaria Municipal de Educação, a fim de saber se a instituição estava em situação regular, porém, foi informada que esse tipo de atividade não necessita de autorização.

Diálogo

A delegada alerta sobre a importância de se manter um diálogo com as crianças.

“Desde pequenos, é necessário que os pais criem esse vínculo com seus filhos. Por meio dessa abertura, uma criança confidenciou à sua mãe o que aconteceu. É importante que os pais conversem com seus filhos, saibam se houve algum fato fora do normal, se tiveram contato com outras pessoas que não fazem parte da equipe de funcionários”, recomenda.

Gustavo Campos: Nascido em Esmeraldas e criado em Betim. Formado em Jornalismo no ano de 2009 pelo Centro Universitário Newton Paiva, tem passagem como repórter pelas redações dos jornais O Tempo, Jornal Super Notícia e Jornal Aqui Betim. No Jornal Turismo de Minas, exerceu as funções de editor e repórter. Em ambas empresas, escreveu para as editorias de Cidades, Polícia, Gerais, Cultura e Gastronomia.